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Referências Históricas e Curiosidades

Sobre o altar diz-se que, D. Afonso, 1º Duque de Barcelos, na hora de tomar para si os despojos de guerra que Portugal travara em Ceuta, mandou arrancar do Palácio de Collun-Ben-Cayla várias colunas de mármore e a mesa em jaspe, onde comia o governador muçulmano Salat-Ibn-Salat para, com o conjunto, o elaborar e oferecer a Nossa Senhora. Hoje, a mesa, por possuir dimensões insuficientes para o culto, está encastrada numa laje de granito da região suportada por três das colunas primitivas e constitui a relíquia histórica do Santuário

Não há memória do paradeiro da primeira imagem existente no Santuário mas, na Igreja Matriz de Santa Maria Maior de Barcelos, existe uma formosíssima imagem gótica trecentista da Virgem coroada com o menino, em madeira, que sendo uma rara preciosidade, foi levada no século XVIII da capela no Monte da Franqueira para a referida Igreja Matriz, aí ficando até ao presente e sobre a qual o conceituado estudioso de arte sacra, Rev. Joaquim da Costa Lima fez já uma erudita conferência.

Colocar imagem Senhora franqueira Matriz

A imagem de Nossa Senhora do Rosário do Monte da Franqueira que actualmente ocupa a peanha que está colocada por de trás do altar-mor é uma escultura em madeira, do século XVIII e possui uma coroa em prata, ouro e pedras semi-preciosas, que os proprietários e operários da Fábrica Guial, de Barcelos, ofereceram e foi solenemente colocada, em 7 de Agosto de 1958, pelo Arcebispo Primaz de Braga, aquando da Peregrinação Arciprestal e celebração do quarto centenário da fundação da Confraria de Nossa Senhora do Rosário da Franqueira

Segundo refere Teotónio da Fonseca, no seu livro “Aquém e Além Cávado”, “na parede do lado do evangelho, junto à porta travessa, vêem-se três placas com inscrições. Na primeira: “Recordação da 1ª Peregrinação à Virgem da Franqueira, promovida pelo Circulo Católico de Barcelos 27-9-1908”; na segunda “4ª Peregrinação à Franqueira, promovida pelo grupo dos Estudos Sociais Alcaides de Faria -29-9-1918”;e na terceira “Recordação da 5ª Peregrinação em que tomou parte pela primeira vez a imagem de Nossa Senhora da Franqueira, promovida por um grupo de Artistas de Barcelos, 5 de Setembro de 1926, Comissão Arcipreste P.e Rio Novais, prior de Barcelos, P.e Joaquim Gaiolas, Francisco de Sá, José R. Pereira, João D. Pereira, João Baptista Miranda, Celestino do Nascimento, Joaquim G. dos Santos, Francisco J. Alves, João G. Fernandes Braga. ” Estas placas existem, mas encontram-se hoje guardadas na Confraria que zela pelo Santuário, devido ao seu valor essencialmente histórico.

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Supõe-se ter sido no século XVII que o Bispo do Funchal, primeiro comendador do Mosteiro de S. Simão da Junqueira e prior de S. Salvador de Pereiró, hoje Pereira, D. Diogo Pinheiro, decidiu ampliar a pequena ermida e mandou construir o corpo da igreja. D. Diogo Pinheiro era irmão de D. Rodrigo Pinheiro e as suas armas, as da casa solar dos Pinheiros de Barcelos, encontram-se hoje no recinto que envolve a capela.

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O frontispício da capela é mais recente, sendo construído no século XVIII, conjuntamente com a torre sineira, onde foram colocados quatro sinos, a custos de um emigrante brasileiro. Nessa torre, gravada numa lápide de granito, pode ler-se a seguinte inscriçãoO frontispício da capela é mais recente, sendo construído no século XVIII, conjuntamente com a torre sineira, onde foram colocados quatro sinos, a custos de um emigrante brasileiro. Nessa torre, gravada numa lápide de granito, pode ler-se a seguinte inscrição: "ESTA  OBRA MANDOV.FAZER PEDRO.GOMES.SIMOES NATURAL DE VILAR DE FIGOS 1753".

​Na parte exterior da pedra que encima a porta da sacristia, está gravada a data de 1691. 

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Este Santuário foi reconhecido como um dos grandes centros de evangelização local e Paulo V e Pio IX, através de dois Breves Papais, emitidos em 1616 e 1870, respectivamente, atribuíram indulgências plenárias aos peregrinos e irmãos da Confraria.

 

Muito deve a Franqueira ao Grupo Alcaides de Faria e aos Administradores do Concelho, Senhores Miguel Gomes de Miranda e Conde de Vilas Boas sendo que, no mandato do Dr. José da Graça Faria, a Confraria tomou o actual incremento religioso e com o apoio imprescindível das populações circunvizinhas do Monte da Franqueira, encabeçadas por alguns barcelenses dos quais salientamos Anthero Barreto de Faria e Carlos Machado Paes, foram lançados os melhoramentos rodoviários de acesso ao monte.

 

O decreto nº 42.692, de 30 de Novembro de 1959, veio classificar o Santuário de Nossa Senhora da Franqueira como “Imóvel de interesse público”.

Em frente à Capela, um imponente pedestal com a imagem da Nossa Senhora do Rosário da Franqueira, extasia o visitante e assinala o Santuário às populações circundantes. Mandado erigir, em 1929, pelo devoto João Gomes Penna, natural da vizinha freguesia de Milhazes e então residente na cidade de Rio de Janeiro, no Brasil, para onde muito novo emigrou, atesta o seu fervoroso amor à Virgem.

Com projecto do conceituado arquitecto Cândido da Silva, a sua construção foi acompanhada pelos então Mesários, Senhores João José de Carvalho, Tenente José da Costa, Joaquim Gomes de Faria, António Figueiredo, António José de Lima, Artur José Alves.

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Foi em redor deste monumento que, no dia 7 de Dezembro de 2010, por vontade expressa do Prof. Dr. António Gomes Penna, falecido no Rio de Janeiro 60 dias antes, a sua viúva, Profa. Dra. Marion Merlone dos Santos Penna, lançou suas cinzas. Era este ilustre Catedrático Carioca, filho do Confrade Benemérito da Franqueira, João Gomes Penna.

Ao lado da Capela, a Casa da Confraria, edifício com dois pisos e totalmente construído em granito grosseiro, possui no rés-do-chão um restaurante maravilhosamente apetrechado e no andar, a secretaria, a sala de reuniões da Confraria e o posto de turismo que a Câmara Municipal instala anualmente, durante o Verão. Este andar, actualmente a ser remodelado, permitirá a exposição de peças de valor histórico e a realização de eventos culturais.

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O espaço envolvente ao Santuário, primorosamente ajardinado e possuidor de um vasto recinto arborizado com arvores autóctones que sombreiam um vasto número de mesas em pedra, para além de ser propício à meditação, louvor e acção de graças, é também um lugar de descanso, sossego e lazer, possuidor de uma beleza paisagística e um sabor histórico, capazes de atrair a presença de, conforme registos escritos, mais de 150.000 visitantes por ano.

 

Aliás, é tradição e hábito que, a Confraria, a pedido de famílias, Associações e Autarquias, faça a cedência temporária de sectores do seu parque de merendas, para a realização de eventos sociais e convívios.

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